Veja dicas para proteger cartão e celular de golpes no Carnaval
O Carnaval de 2023 vai ser marcado pelo retorno dos bloquinhos de rua com muita aglomeração, algo que não acontecia há dois anos, por causa da pandemia de coronavírus.
Quem for para a folia deve redobrar a atenção para não ser vítima do golpe da troca do cartão e também para não ter seu aparelho celular furtado.
Os golpistas se aproveitam da desatenção das pessoas e a troca de cartões bancários na hora do pagamento é mais comum nesta época de festas carnavalescas, alerta a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
Nesse golpe, o cliente pede uma bebida ou lanche, entrega o cartão ao vendedor (que na verdade é um golpista disfarçado), digita a senha e, horas depois, percebe que durante a compra o seu cartão foi trocado.
O golpista devolve um modelo idêntico, geralmente de uma pessoa que sofreu com o mesmo esquema. E ele é rápido porque observou a vítima digitando a senha e, de posse dela, pode fazer transações e compras.
A dica da Febraban é que o folião nunca entregue o cartão para alguém inserir na máquina e realizar o pagamento. Essa operação deve ser feita pelo próprio dono do cartão.
“Também é muito importante que a própria pessoa insira o cartão na maquininha e confira se o cartão devolvido é realmente o seu. Peça o recibo impresso da transação ou verifique se o valor está correto nas mensagens SMS que recebe no app do banco. No caso de pagamento via QR Code ou transferência, confira o valor e o destinatário do dinheiro”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
Volpini ainda ressalta que o cliente não deve aceitar fazer pagamentos se o visor da maquininha estiver danificado.
“Muitas vezes, o golpista também usa algum truque e desvia a atenção do folião para que a vítima digite a senha no campo destinado ao valor da compra. Isso permite que bandido descubra o código secreto. É importante ressaltar que o campo de senha deve mostrar apenas asteriscos”, alerta.
Especialista recomenda bloqueio de tela de celular
Outros crimes comuns em época de Carnaval com aglomeração são o furto e o roubo de celular. O prejuízo pode ser grande e envolver muito além da perda do aparelho já que, atualmente, os telefones contam com aplicativos de banco.
Jackson Galvani, especialista em Segurança da Informação e titular do blog Folha Digital, recomenda que as pessoas adotem o bloqueio da tela de celular.
“Temos que dificultar a vida dos criminosos. Assim, habilitando o bloqueio da tela inicial do seu celular será um obstáculo a mais para qualquer ladrão ter acesso às informações do aparelho. O recurso é bem fácil de configurar, onde você pode escolher por uma senha digital, deslizante, numérica ou um código PIN. Esse é um dos métodos mais comuns para inibir a tentativa de outras pessoas utilizarem o seu aparelho de celular”, explica.
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Quem não tem mais tanta memória (e paciência) para guardar senhas pode optar por desbloqueio por meio de digitais ou até de reconhecimento facial, disponíveis em alguns modelos.
Pode parecer incômodo, estando num bloco de rua, a todo momento ter que desbloquear o celular para fazer aquelas selfies, mas a segurança deve ser prioridade. Se um ladrão tiver acesso, ele poderá descobrir senhas dos aplicativos bancários e redes sociais, causando muito transtorno e prejuízo.
A recomendação é, nas configurações do aparelho, diminuir o tempo em que o recurso será acionado quando não há manipulação no aparelho. Alguns modelos têm o tempo mínimo de cinco segundos.
Outra dica de Galvani é fazer uso de recursos remotos para localizar o celular perdido e, até mesmo, travar seu funcionamento. Para quem possui um iPhone, isso é possível com o “Buscar Meu iPhone”, na página do iCloud.
Já quem é usa aparelhos Android, o suporte pode ser feito por meio da própria conta Google. “Este serviço de Gerenciador de Dispositivo Android é capaz de revelar a localização do seu aparelho dentro de um mapa, além de apagar os dados existentes e possibilitar o bloqueio do aparelho remotamente. Para isto, basta acessar o aplicativo Configurações do Google e ir para a opção Gerenciador de Dispositivo Android para ativar as opções”, explica.
Ele lembra que se o usuário costuma desabilitar o serviço de GPS do seu aparelho com a finalidade de poupar bateria ou de não ser encontrado por alguém, ele não poderá descobrir onde seu celular está caso o perca.
O que fazer se o celular for furtado ou roubado?
A Polícia Civil orienta que vítimas de furto e roubo de celulares devem sempre registrar boletim de ocorrência. O documento pode ser feito tanto presencialmente em qualquer delegacia. No Espírito Santo, é possível também fazer o boletim pela Delegacia On-Line.
De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o proprietário também deve solicitar o bloqueio do aparelho junto à sua respectiva operadora. Isso também pode ser feito diretamente pela polícia no momento do registro da ocorrência. As polícias civis de todos os estados, com exceção do Amapá e do Acre, e o Departamento de Polícia Federal já têm acesso ao sistema que permite o bloqueio.
Confira dicas para aproveitar o Carnaval em segurança
– Proteja seu cartão e não o guarde solto em bolsos ou bolsas, pois isso pode facilitar o pagamento por aproximação em situações de aglomeração, como em bloquinhos de carnaval
– Ao comprar algo na rua, nunca entregue seu cartão para alguém inserir na maquininha e realizar o pagamento. Sempre faça este processo você mesmo
– Ao digitar sua senha, garanta que não esteja visível para quaisquer pessoas ao seu redor
– Não aceite realizar pagamentos se o visor da maquininha estiver danificado, impedindo que você veja o valor real que está pagando
– Sempre verifique o valor digitado na maquininha e peça o comprovante impresso
– Se o vendedor informar que precisa passar o cartão novamente, desconfie. Verifique o valor e se houve alguma cobrança diferente pelo aplicativo do seu banco
– Caso o vendedor necessite pegar seu cartão, cheque se o cartão devolvido é realmente o seu
Mantenha o seu celular sempre protegido em situações de aglomerações. Em bloquinhos de carnaval, há possibilidades de furto do aparelho
– A senha deve ser única para acesso ao banco. Também use o bloqueio de tela inicial, biometria facial/digital para acessar o celular e os aplicativos. Ative o bloqueio automático de tela
– Não guarde senhas no próprio celular
– Utilize senhas diferentes em redes sociais, emails e aplicativos de banco
– Em caso de roubo, comunique imediatamente o seu banco e registre um boletim de ocorrência.
Fonte: Folha Vitória
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