Érica Neves: o início do fim
laudo pericial comprova que áudios vazados são da advogada
Dificilmente uma estrutura com fundamentação fora das normas e medidas consegue se sustentar.
Assim é a candidatura de Érica Neves à presidência da OAB-ES.
Da mesma forma que não há explicação justa, plausível ou moral para visitar um fornecedor da OAB-ES (Ordem dos Advogados do Brasil) antes mesmo de formalizar sua candidatura. Não há como se explicar uma candidata que sequer consegue cumprir as premissas básicas do Código de Ética e Disciplina da Advocacia.
Ora, o que se escuta nos áudios de Érica já vai em colisão frontal com o parágrafo único, do artigo 2º do referido código, que apresenta os deveres do advogado, sendo eles:
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade e indispensabilidade;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
Agora uma pessoa que repete, insistentemente (pleonasmo necessário) “adoro quem paga a conta” já demonstra que seu sistema de vida, seja pessoal ou profissional não é uma simbiose, mas sim, um parasitismo.
Em áudios vazados recentemente nas redes sociais a advogada (até quando?) profere falas que desonram este ofício e sepultam qualquer credibilidade que poderia vir a existir em sua candidatura.
Como todo parasitismo, a campanha de Érica não preza pelo bem comum, mas pela tomada de algo à base do “quero porque quero”. Isso fica claro em trechos em que Érica diz “Eu quero é sentar e ser presidente da OAB”. Ambições são naturais ao ser humano, mas existem pessoas capazes para exercer cargos e funções e pessoas que são capazes de tudo para isso.
Em seus áudios Érica apresenta uma estrutura não de campanha, mas de uma organização de coação, por assim dizer, contendo os ânimos para não dar o devido nome ao comportamento demonstrado.
É normal que em todos os pleitos existam coordenadores de mídia, finanças, mobilização. Mas Érica apresenta uma estrutura com um operador, até então, anônimo, um guru (esoterismo eleitoral?) e até mesmo suposto apadrinhamento corporativo.
“Eu não quero exigir nada, operador de varias partes da minha, da minha…da minha estrutura de campanha”
“acabei de ligar para o meu guru antes de vir conversar com você. Qual é a linha que a gente tem que conversar, porque eu vou ser cobrada.”
E como já diz o ditado “o direito do enforcado é espernear” a candidata deixa claro que já percebeu a baixa adesão à sua campanha e a falta de empatia que lhe é pertinente, então, de maneira desesperadora mostra que não possui a menor noção de gestão. Mas entende bastante de procrastinação.
“falamos assim vamos **, nem que seja para sentar e falar, resolvemos nossa campanha. Depois a gente falar vamos, não preciso te falar valor, depois eu abafo”
O que não falta nestes áudios são exemplos de tudo aquilo que um líder não deve ser. Tal qual adão ao ser indagado por Deus no paraiso, transferiu a culpa para ‘a mulher que tu me destes’. Erica deixa claro sua falta de coesão com o próprio grupo, ao esquivar-se de responsabilidades e, então acharcar possíveis fornecedores.
“É um alvo da oposição, que você segurou. Me botaram e botaram culpa no ** ainda(…) Então, pede pelo menos uma…uma..forma de equilíbrio nisso ( fazendo referência a fragilidade financeira de sua campanha)”
Em busca de apurar a veracidade dos fatos e dos áudios o perito Renan Costa Loyola, Mestre em Ensino de Física e graduado em Física pela Universidade Federal do Espírito Santo -UFES, examinou alhures o vídeo e áudios vazados e forneceu laudo pericial que “suporta fortemente a hipótese dos registros vocais do locutor, identificado no material sonoro padrão como “Erica Neves”, ser a fonte das falas questionadas, no caso”.
Para conhecimento completo do laudo pericial clique aqui
Ao tomar conhecimento dos áudios o advogado Dr. Antonio Abikair, que já ocupou o posto de Procurador do Estado e professor da Universidade Federal do Espírito Santo, fez questão de gravar um vídeo expondo sua indignação com tal comportamento que macula o nobre ofício da advocacia. Acompanhe
E agora Érica, vai repetir o que disse em um de seus áudios “deixa o pau quebrar nos grupos”?
Pedro Paulo Biccas Jr.
Jornalista (0003813/ES)
Cientista Político (USP)
Especialista em Planejamento Estratégico (FGV)
Especialista em Liderança, Mentalidade e Desenvolvimento Contínuo (PUC-RS)
Especialista em Mídias Digitais (FGV)