Evento reúne educadores para discutir o impacto das inteligências artificiais
Discutir o impacto das inteligências artificiais (IA) no meio educacional. Esse foi o objetivo do evento “Meeting Tribuna de Educação”, que reuniu gestores, educadores e especialistas no tema na manhã desta terça-feira (31), em um cerimonial no bairro Santa Lúcia. O evento contou com uma palestra da escritora, consultora, palestrante e professora de IA, Martha Gabriel. A gestão municipal foi representada no encontro pela secretária municipal de Educação, Juliana Rohsner.
Em sua fala na abertura do evento, Juliana falou sobre a importância de encarar os avanços tecnológicos como aliados, buscando entender a potencialidade de cada um deles. Além disso, a gestora enfatizou sobre a importância dos investimentos realizados pela gestão municipal em tecnologia.
“Em nossa rede atendemos mais de 43 mil estudantes, dos seis meses de idade até os 103 anos. Essa escola que é tão diversa e contempla tanta gente e tantas necessidades individuais precisa se reinventar a cada dia, e para que isso dê certo a gente precisa estudar, se atualizar. Precisamos ajudar a esses estudantes a criarem as melhores perguntas. Conheci o ChatGPT há pouco tempo, e a reflexão que temos que fazer é: qual o tipo de pergunta você vai fazer para essa ferramenta? Nesse sentido, fizemos um investimento robusto em tecnologia, totalizando R$70 milhões em tablets, notebooks. Todos os nossos estudantes do 5º ao 9º ano e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) receberam os tablets, que têm sido uma ferramenta de recomposição de aprendizagem. Eles aprendem de forma mais dinâmica, lúdica, divertida, mas tem a intencionalidade do professor. Para os estudantes, pode ser diversão, mas para nós, é trabalho pedagógico contínuo”, disse a gestora.
Juliana pontuou ainda que alguns professores da rede municipal que já têm utilizado as IA em atividades experimentais em sala de aula, buscando desenvolver junto aos alunos algumas competências como criatividade e pensamento crítico. “Então é nessa perspectiva que devemos nos abrir de fato para o novo, as IA que foram criadas são uma realidade que começa a estar na sala de aula, e nos provoca, porque o aluno pode estar pesquisando e questionando o professor em tempo real. E acredito que excluir o celular, a tecnologia, não é o caminho. É preciso que eles entendam que tem a hora da pesquisa, tem a hora da calculadora, tem a hora dos cálculos à mão, mas que essas escolhas sejam de forma consciente. Então a perspectiva é que nós, educadores, vamos deixá-los preparados para que de fato eles conheçam as ferramentas e recursos disponíveis para que possam ocupar todos os lugares como a gente tanto acredita, por meio dessa educação que transforma e quebra ciclos”, completou.
Além da presença da secretária de Educação do município, a pasta incentivou que técnicos da Seme e profissionais das unidades de ensino da capital se inscrevessem para participar do evento, como fizeram Renato Goltara, diretor da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Maria Madalena de Oliveira Domingues, localizada em Jardim Camburi, e Alice Pilon, pedagoga da Emef Rita de Cássia Oliveira, que fica no bairro Resistência.
“Achei o tema importante para nos conectar com as novas tecnologias, abrindo novas possibilidades de interação com essas ferramentas. Acredito também ser um momento de levar essas possibilidades para a sala de aula, pois nossos alunos são muito mais digitais que a geração de professores deles. Portanto, levar essas tecnologias para o cotidiano escolar se torna um desafio tanto para o professor quanto para o aluno. A palestra mostrou essas possibilidades, com a professora Martha Gabriel trazendo muitas informações e possibilidades”, destacou Renato.
“O ponto central da palestra da professora Martha Gabriel, na minha ótica, se deu, justamente, na distinção entre inteligência artificial e humana. A primeira se coloca como uma produção elaborada pelo conjunto de sujeitos com o propósito de facilitar o cotidiano dos seres humanos. A segunda envolve conhecimento mediado intencionalmente, objetivando o desenvolvimento de funções psicológicas humanas, tais como linguagem, leitura, escrita. Enquanto pedagoga me coloco no duplo desafio de pensar na utilização da inteligência artificial, com os alunos, instruindo-os para que façam usos significativos e ao mesmo tempo garantir-lhes a formação humana na perspectiva desenvolvimentista, principalmente no que diz respeito à formação do pensamento crítico”, ressaltou a pedagoga da Emef Rita de Cássia Oliveira.
Fonte : Prefeitura de Vitória
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