Vitória se destaca nacionalmente por sua campanha de vacinação em evento de destaque
Vitória da Vacina! As estratégias adotadas pela equipe da Secretaria de Saúde de Vitória (Semus) foram destaque nesta terça-feira (18), no XXXVII Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), realizado em Goiânia.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Vitória, Tatiane Comério, apresentou as principais medidas adotadas para aumentar a cobertura vacinal em crianças menores de dois no município.
De acordo com os dados extraídos do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) do Ministério da Saúde, e o sistema de informação do Vacina e Confia, do Governo do Estado, as vacinas infantis preconizadas pelo calendário de vacinação do SUS cuja meta pactuada é de 95%, houve aumento de cobertura vacinal quando comparado os períodos avaliados nos anos de 2022 e 2023.
Dentre as imunizações que foram observadas com aumento de cobertura vacinal no período avaliado, destacam-se: a vacina Hepatite A, cuja cobertura encontrava-se em 72,79% e ampliou para 94,98%; Pentavalente cuja cobertura encontrava-se em 69,30% e foi ampliada para 89,02%; e Poliomielite, cuja cobertura encontrava-se em 66,95% e ampliou para 88,78%.
“As coberturas vacinais do público infantil da capital ainda encontram-se em processo de recuperação, visando atingir as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Porém, percebemos um significativo avanço com as estratégias utilizadas durante o período avaliado. Isso nos deixa muito otimista”, afirmou Tatiane Comério.
Ela acrescentou que a diminuição da procura pelas vacinas infantis começou a ser percebida em 2017. Porém com a pandemia da Covid-19, tal situação foi agravada e está sendo necessário um esforço ainda maior para recuperar as coberturas vacinais na Capital.
“Entendemos que a baixa cobertura vacinal atual é fruto de uma série de fatores. Desde a despreocupação da população com doenças que há muito tempo estão controladas ou reduzidas, como a poliomielite, a rubéola e o sarampo, até a crescente onda dos movimentos antivacinas e fake news, fazendo a população desacreditar ou duvidar da eficácia das vacinas”, explicou.
Dentre as ações realizadas pelo município para recuperar as coberturas vacinais, estão:
• Ampliação das equipes que atuam nas salas de vacina e equipe técnica da Central da Armazenamento de Imunobiológicos e Programa Municipal de Imunizações;
• Articulação com as Secretarias Estadual e Municipal de Educação mediante a construção de documentos oficiais de comprovação de situação vacinal atualizada no ato de matrícula ou rematrícula;
• Trabalho de conscientização nas escolas municipais com equipes de saúde dos territórios para incentivar a imunização e combater a desinformação sobre as vacinas;
• Ampliação da oferta de vacinação estendendo o horário das salas de vacina nas unidades de saúde, além da abertura destes equipamentos de saúde para vacinação aos finais de semana e feriados;
• Vacinação extramuro em escolas, praças da cidade, igrejas, hospitais, shopping, parcerias com outras secretarias municipais e lideranças comunitárias, ofertando as vacinas de campanha e de rotina para crianças, adolescentes, adultos e idosos;
• Oferta do agendamento online para vacinas, permitindo as pessoas optarem pelo dia e horário para se imunizarem, garantindo mais conforto para os munícipes;
• Monitoramento dos registros de vacinados pela equipe técnica central a fim de evitar inconsistências no sistema de informação;
• Aquisição de câmaras de vacina e freezers com a finalidade de ampliar a capacidade instalada de armazenamento de vacinas e insumos;
• Aquisição de diversos equipamentos importantes para garantir qualidade e agilidade na inserção de dados sobre a vacinação, a saber: computadores e impressoras para todas as salas de vacina da rede municipal, aquisição de equipamentos complementares para o parque tecnológico, como: notebooks, tablets 4G e modem 4G;
• Fantasias do Zé Gotinha e Maria Gotinha para trabalhar de forma lúdica a vacinação com as crianças, resgatando o principal símbolo das campanhas de vacinação infantil do Brasil.
“É preciso um envolvimento de toda a sociedade para recuperarmos as coberturas vacinais. Profissionais de saúde e também profissionais da educação, religiosos, sociedade civil, todas as pessoas precisam compreender que as doenças continuam existindo, e que a proteção por meio da vacinação não é apenas individual, mas também coletiva”, afirmou Tatiane.
Fonte : PMV
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