Governo do Estado oficializa doação de terreno para instalação do Ecoparque da Mata Atlântica Augusto Ruschi em Santa Teresa
Governo e MCTI oficializam terreno para Ecoparque Augusto Ruschi, que reunirá pesquisa, conservação e áreas de visitação em Santa Teresa. Cerimônia será nesta terça-feira (16), às 14h.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e a ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, cumprem agenda conjunta em Santa Teresa nesta terça-feira (16) para a Cerimônia de Doação do Terreno destinado à implantação do “Ecoparque da Mata Atlântica Augusto Ruschi”, iniciativa que homenageia o patrono da ecologia no Brasil e marca um novo capítulo para a pesquisa, conservação ambiental e divulgação científica no Estado.
A solenidade será realizada às 14h, no Auditório Augusto Ruschi, localizado no campus do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), no Museu de Biologia Professor Mello Leitão.
Uma trajetória de cinco décadas até a criação do Ecoparque

A história do terreno destinado ao futuro Ecoparque remonta a 1967, quando o amigo do naturalista Augusto Ruschi, Aurélio Gramlich, doou a área ao Governo do Estado para a construção de um parque e residência de inverno do governador. Ao longo das décadas, o espaço passou por diversas destinações e disputas, refletindo diferentes visões de uso público, preservação e desenvolvimento.
Em 2004, a área foi cedida ao município de Santa Teresa para a criação de um Centro de Treinamento em Educação e Meio Ambiente. Já em 2010, uma nova lei estadual doou o terreno ao SESC, que previa investir R$ 35 milhões na construção de um hotel e em projetos de turismo e lazer.
O espaço chegou a abrigar, em 2012, o Parque Ecoturístico de Santa Teresa, inaugurado com recursos municipais e federais, mas que não chegou a ser aberto à visitação. Em 2013, ambientalistas questionaram na Justiça a doação ao SESC, e o debate voltou ao centro das discussões públicas. A partir de 2022, audiências na Assembleia Legislativa reforçaram a posição da população pela manutenção do caráter ambiental do parque.
Com a desistência do SESC em 2023, o INMA solicitou ao Governo do Estado a doação do terreno para a instalação de um novo campus dedicado à pesquisa e ao desenvolvimento científico. O pedido foi acompanhado por projeto do deputado estadual Fabrício Gandini, culminando na sanção da Lei Nº 11.969, que autorizou a transferência da área à União.
O processo avançou em 2024, quando Estado e INMA assinaram o Termo de Permissão de Uso, que possibilitou o início das ações de manutenção e reforma no local. Em 2025, parte das atividades científicas e administrativas do Instituto foi transferida para o Ecoparque, que passará a ser um dos principais polos de pesquisa da Mata Atlântica no país.
Um parque que une ciência, conservação e visitação pública
O projeto conceitual do Ecoparque da Mata Atlântica Augusto Ruschi foi desenvolvido pelo Laboratório de Planejamento e Projetos da UFES, sob coordenação da professora Cristina Engel de Alvarez. A proposta prevê a criação de um espaço inovador no Estado, integrando pesquisa científica, preservação ambiental e atividades de educação e lazer.
Entre as estruturas previstas estão trilhas ecológicas, mirante para observação de aves, museu interativo, exposições imersivas, área para eventos culturais, além de espaços de convivência como praça de alimentação e áreas para piquenique.
Segundo o diretor do INMA, Sérgio Lucena, o parque será pioneiro no Espírito Santo:
“É uma proposta arrojada que integra ciência, conservação e acesso público. Não existe no Estado nada com esse perfil”, afirmou.
O projeto atende também a uma orientação do Governo do Estado para que o espaço seja aberto à comunidade e aos visitantes, fortalecendo o turismo sustentável e a identidade ecológica de Santa Teresa.
Preservação da Mata Atlântica como prioridade

O plano prevê que aproximadamente 85% da área permaneça preservada, com intervenções que priorizam a recuperação ambiental, incluindo a recomposição das margens do córrego que corta o Ecoparque e a substituição gradual de árvores exóticas, como os eucaliptos, por espécies nativas da Mata Atlântica.
O Instituto também busca recursos para ampliar e modernizar o Museu de Biologia Professor Mello Leitão, que recebe cerca de 115 mil visitantes por ano. A antiga residência de Augusto Ruschi será transformada em museu, reforçando o papel histórico e científico do local.
Além disso, o INMA planeja transferir para o Ecoparque parte de seu valioso acervo biológico, composto por 130 mil espécimes e 54 mil registros de fauna, garantindo sua segurança diante de recorrentes enchentes que afetam o atual museu.
Consolidação de Santa Teresa como polo da Mata Atlântica
O Ecoparque Augusto Ruschi e o Museu de Biologia Professor Mello Leitão além das estações biológicas administradas pelo INMA, o município de Santa Teresa se consolida como referência nacional em conservação da biodiversidade, educação ambiental e pesquisa científica.
Serviço
Cerimônia de Doação do Terreno para o Ecoparque da Mata Atlântica Augusto Ruschi
📅 Data: 16 de dezembro (terça-feira)
⏰ Horário: 14h
📍 Local: Auditório Augusto Ruschi – INMA – Museu de Biologia Professor Mello Leitão
Avenida José Ruschi, nº 4, Santa Teresa – ES


Profissional de comunicação com atuação em comunicação institucional, política e pública. Formado em Gestão Pública, Administração de Empresas e MBA em Jornalismo Digital. Palestrante nacional (UVB), vencedor do Prêmio INOVES 2022, Comenda do Mérito Legislativo Jairo Maia (2023), Medalha Top Legislativo (2022, 2023, 2024, 2025) e Medalha Mérito em Comunicação Nacional Adriano Mazzarino (2021). Membro vitalício da Academia Florianense de História, Artes e Letras (AFHAL).


